segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pintar Abril - Corroios 2010


Participámos mais uma vez na iniciativa promovida pela Junta de Freguesia de Corroios - Pintar Abril.

Alunos e docentes envolveram-se na elaboração do cartaz que ficou muito bonito. Teve como base de trabalho o livro de José Jorge letria O 25 de Abril Contado às Crianças... e aos Outros.
Poderá ser admirado no Jardim da Quinta da Água em Corroios.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Requisição domiciliária

O Plano de Contingência para Gripe A terminou e pudemos finalmente iniciar a requisição domiciliária na nossa biblioteca.
Todas as turmas estão a passar pela BE, para uma sessão de formação de utilizadores, onde alunos e professores ficam a par dos procedimentos para o empréstimo domiciliário de livros, dos cuidados a ter no seu manuseamento e da forma como está organizado o fundo documental desta BE, seguindo a CDU (Classificação Decimal Universal).

Os alunos do 1º e do 2º ano de escolaridade ouvem depois a leitura em voz alta do livro "Um lobo culto" de Pascal Biet. No final são realçados os contributos da leitura para a construção do saber.
Os alunos efectuam depois a sua primeira requisição deste ano lectivo.

Os alunos do 3º e 4º ano ouvem a leitura da mensagem Mensagem do 2 de Abril de 2010, Dia Internacional do Livro Infantil "Um livro espera-te. Procura-o". Depois de diálogo sobre os aspectos mais relevantes na mensagem, os alunos são convidados a procurar na BE o livro que os espera...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mensagem do 2 de Abril de 2010, Dia Internacional do Livro Infantil



Mensagem do 2 de Abril de 2010, Dia Internacional do Livro Infantil

Um livro espera-te. Procura-o

Era uma vez
um barquinho pequenino,
que não sabia,
não podia
navegar.
Passaram uma, duas, três,
quatro, cinco, seis semanas,
e aquele barquinho,
aquele barquinho
navegou.


Antes de se aprender a ler aprende-se a brincar. E a cantar. Eu e os meninos da minha terra entoávamos esta cantiga quando ainda não sabíamos ler. Juntávamo-nos na rua, fazendo uma roda e, ao despique com as vozes dos grilos no Verão, cantávamos uma e outra vez a impotência do barquinho que não sabia navegar.
Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.
Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.
Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.
Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».
Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.
Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, a embarcação de Sindbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.
É por isso que… não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.

ELIACER CANSINO

Tradução: José António Gomes
Eliacer Cansino Macías (Sevilha, 1954) é professor de Filosofia numa escola de Sevilha, desde 1980, e autor de romances para jovens e adultos. Em 1997, recebeu o Prémio Lazarillo por O Mistério Velázquez, recriação da vida do anão Nicolasillo Pertusato e da sua relação com Velázquez. Em 1992, foi-lhe outorgado o Prémio Internacional Infanta Elena pelo livro Eu, Robinsón Sánchez, tendo naufragado, obra que foi também finalista do Prémio Nacional de Literatura Infantil, de Espanha. Em 2009, recebeu o Prémio Anaya de Literatura Infantil e Juvenil por Um Quarto em Babel. O lápis que encontrou o seu nome (2005). Tem muitos outros títulos editados.
A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil),
Secção Portuguesa do IBBY

2 de Abril - Dia Internacional do Livro Infantil


Associando o Ano Internacional da Biodiversidade e o Dia Internacional do Livro Infantil, a DGLB lançou um passatempo para as crianças entre os 8 e os 12 anos intitulado: E se eu fosse um bicho???
O regulamento pode ser lido aqui.
O belíssimo cartaz é da autoria de Madalena Matoso, vencedora da 13ª edição do Prémio Nacional de Ilustração
Fonte: http://rbe.blogspot.com