quarta-feira, 29 de junho de 2011

As bibliotecas escolares são essenciais

Fonte: Diário de Notícias - 28-06-2011

As bibliotecas escolares são essenciais

por MARGARIDA TOSCANO, PROFESSORA E MEMBRO DO GABINETE DA REDE DE BIBLIOTECAS ECOLARES

No novo contexto informacional em que vivemos, resultado do desenvolvimento das tecnologias e da Internet, em particular, é fundamental que a escola seja capaz de preparar jovens que, para além de um leque de conhecimentos, alguns axiais como a língua materna e a matemática, dominem um conjunto de competências complexas no que à informação diz respeito. Para responder a essa exigência, as bibliotecas escolares são um bem educativo e cultural essencial.

As formas clássicas de produção, conservação e circulação do saber, intimamente ligadas ao livro e ao impresso, estão a alterar-se profundamente. Crianças e jovens são cada vez mais marcados pelo acesso e uso precoce duma grande parafernália tecnológica - telemóveis, consolas de jogos, mp3, computadores, ipads... -, uma grande apetência por conteúdos audiovisuais e, sobretudo, pela Internet. No final da escola aguarda-os um mercado de trabalho caracterizado pela mudança, flexibilidade, necessidade constante de adaptação e de trabalhadores cada vez mais qualificados. Vão mudar de emprego várias vezes e vão ter de continuar a aprender ao longo da vida.

Quando todo o conhecimento de que necessitamos parece encontrar-se na Web, à distância e velocidade de um clique, as actividades de pesquisa e tratamento de informação tornaram-se mais complexas do que podíamos imaginar. E a geração que apelidamos de "nativos digitais" ou "geração google", apesar da destreza tecnológica, revela grandes fragilidades na procura e uso de conteúdos informativos relevantes e fiáveis, assim como na capacidade de os transformar em conhecimento. Quem é que hoje, no papel de professor ou de pai, não experienciou a frequência com que crianças e jovens se limitam a "googlar" um tema, aplicando a seguir o método do "copiar e colar" para produzirem o trabalho que lhes foi pedido?

Todo este cenário exige que a escola promova o ensino e aprendizagem de diferentes literacias, nomeadamente a literacia de informação, aqui entendida como o conjunto de competências que capacitam para o acesso, uso e aplicação eficaz da informação, em diferentes suportes, formatos e contextos. É este desafio recente, assim como o da leitura, nos tradicionais e nos novos ambientes, que torna as bibliotecas escolares tão necessárias. Vejamos.

Por mais que a tecnologia nos inunde, a leitura continua a ser uma aprendizagem primordial, condição de todas as outras. Aprende-se a ler, lendo, o livro continua a ser o suporte de eleição para essa aprendizagem, e a leitura, analógica ou digital, o instrumento de compreensão global. Nem todas as famílias têm condições para proporcionar livros e um ambiente leitor às suas crianças e jovens. As bibliotecas escolares são, pois, um ponto de acesso ao livro, a outros suportes e a actividades que estimulam o interesse e competências de leitura ao longo da escolaridade.

As bibliotecas escolares são igualmente um espaço de inclusão digital. Alguns programas do Ministério da Educação, o próprio embaratecimento da tecnologia, facilitaram a posse de computador pessoal. Em relação à Internet, considerando os dados do projecto Eukids Online, verificamos que só 78% das crianças e dos jovens portugueses entre 9 e 16 anos acedem à Internet. E cerca de um terço através das bibliotecas, tanto escolares como públicas.

Mas a inclusão digital não se resume ao acesso, pelo contrário, transfere-se cada vez mais, mesmo nos países mais desenvolvidos, para o problema do uso. Entendidas como espaços de aprendizagem, as bibliotecas escolares desempenham um papel fundamental na promoção de um uso seguro, criterioso, crítico e eficaz da informação. Em todos os agrupamentos de escolas e escolas secundárias têm sido o lugar por excelência onde estas questões são especificamente colocadas e trabalhadas com os professores bibliotecários, com todos os docentes já sensibilizados para o tema e, em especial, com os alunos. O Programa Rede de Bibliotecas Escolares tem sido decisivo no desenvolvimento destes espaços na escola.

sábado, 25 de junho de 2011

Marchas Populares 2011-900 anos do nascimento de Dom Afonso Henriques

Tema – “Fundação de Portugal por Dom Afonso Henriques”. No ano em que se assinalam os 900 anos do nascimento de Dom Afonso Henriques, as crianças do Jardim-de-Infância, vestidos de mouros e mouras, apresentam uma marcha que fala da conquista de territórios aos muçulmanos, por Dom Afonso Henriques.
Oh, que bela baila a moura
E eu bem n´a vi bailar
Na sua saia rodada
Com graça vai a marchar
Trás seu amor pelo braço
Nesta noite de luar
Moura leve cintilante, vestido brilhante
de tempo distante para recordar.

Quem se atreve, quem se atreve
Ir ao castelo e trepar
Para ver a bela moura, a bela moura,
moura de encantar

Dá-me a tua mão direita
Pr’a te poder ler a sina
Quero ver se a minha sorte
Com a tua se combina.

Lá vem D. Afonso Henriques,
o grande conquistador
tomou castelos aos mouros, ricos tesouros
um reino fundou, o rei sonhador

Viva o Alto do Moinho
É o pré-escolar a bailar
Aqui vão moiras e moiros
E a história de um povo vem a festejar.



A marcha do 1º ciclo fala da História da Fundação de Portugal.

Esta é a marcha que ao Seixal vem contar,
a história de um menino bem valente
Que tinha vontade de ser rei,
E que ainda hoje é orgulho
orgulho da nossa gente.
Lembra-o esta escola nesta noite
Com vaidade recordamos
os feitos de antigamente.

Cá vai a marcha
Vem a contar
História de um povo
Sempre a lutar
Nobres guerreiros, corajosos sem se intimidar
Trazem o sonho de mil terras conquistar

Cá vai a marcha
Vai a contar
Como nasceu
esta nação
Afonso Henriques com coragem sem igual
Fundou o reino… de Portugal

Ora venham lá, vamos lá bailar, vamos festejar
Este feito heróico do 1º rei de Portugal
Bravo guerreiro, sete castelos aos mouros vence
Com mil vitórias estende o condado portucalense.



A marcha dos docentes, pais e funcionários da EB do Alto do Moinho a marcha fala do primeiro rei de Portugal e da fundação de um País.


D. Afonso era um rei,
corajoso, inteligente
Ousado e atrevido
Principalmente valente
Trazia sempre consigo
uma espada cintilante
Vencendo os inimigos
De uma forma impressionante
Contra tudo, contra todos
Caminhava sempre em frente
Sem medo destemido
Defendendo a sua gente.

A Escola,
marcha a contar
histórias de um país
para recordar.

A Escola,
marcha a contar
Vitórias de um rei
Que soube lutar

A Escola,
marcha a contar
o sonho de um povo
Que não tem idade
A Escola,
de gente gentil
esperança de Abril
e da liberdade.

Bravo rei, bravo guerreiro
Funda um reino sem igual
A sul alargou fronteiras
Assim nasce Portugal

A escola passa
A sorrir contente
Conta a nossa história
Canta a nossa gente
Alto do Moinho
Hoje aqui presente
Cheio de esperança
Num futuro diferente.




A Marcha em Corroios!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Requisição Domiciliária em 2010-2011


Parabéns leitores!
Foram requisitados mais de 5000 livros!
Espero que continuem a ler bons livros, durante as férias e no próximo ano lectivo a biblioteca cá estará com mais leituras interessantes à vossa espera.

O 3ºD foi a turma que mais livros requisitou,469.
Assim, recebeu um diploma com o 1º lugar!


Em segundo lugar ficou a turma do 2ºC que requisitou, 466 livros.
Assim, recebeu um diploma com o 2º lugar!
O 1ºD requisitou livros 436 e leu-os com a ajuda da família.
Assim, recebeu um diploma com o 3º lugar!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Festa de final de ano 2011

No dia 18 de Junho, sábado à tarde, realizou-se a festa de encerramento do ano lectivo, numa parceria da Escola Básica do Alto do Moinho e a Associação de Pais.
Houve muita animação e actividades variadas e radicais como foi o slide...
A Biblioteca Escolar teve o seu espaço com exposição de trabalhos de cerâmica realizados pelos alunos com a ceramista Anabela Camelo, após a leitura de alguns livros da escritora Sara Rodrigues. Também esteve exposto o trabalho do 4ºB, "A pior amiga" elaborado no âmbito da leitura do livro com o mesmo nome do escritor Fernando Carvalho.
Os leitores interessados puderam adquirir os livros dos autores anteriormente referidos.

IV Olimpíadas da Leitura


Realizaram-se as IV Olimpíadas da Leitura do Agrupamento. Nelas participaram as turmas dos 3ºA, 3ºB,3ºC e 3ºD. As questões foram sobre o livro "Há fogo na floresta" de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, indicado pelo PNL, para leitura orientada na sala de aula. A prova foi interactiva e realizou-se no programa Hot Potatoes.
Todos os participantes receberam diplomas de participação.



As vencedoras foram:

1º Catarina A. -3ºD
2º Sara P. -3ºA
3º Leonor V. -3ºB


Parabéns leitoras!

domingo, 19 de junho de 2011

Escritora Sara Rodrigues na BE

No dia 15 de Junho a escritora Sara Rodrigues passou o dia connosco. Na biblioteca estiveram os alunos do Jardim de Infância, do 1º do 2º anos de escolaridade. Foram muitas as leituras e os trabalhos realizados: desenho, pintura,dramatização, modelagem nas aulas de barro...
No final tivemos sessão de autógrafos dos muitos livros adquiridos pelos alunos, na feira do livro da autora.

Escritor Fernando Carvalho na BE

O jovem escritor Fernando Carvalho, autor do livro "A pior amiga" veio até à BE, no dia 7 de Junho, para um encontro com os alunos dos 3º e 4º anos de escolaridade.
O autor durante as sessões divulgou a sua selecção de livros preferidos, de literatura infanto-juvenil, tendo apresentado alguns exemplares bastante curiosos e raros. Os alunos mostraram-se muito interessados.
No final presentearam-no com trabalhos de expressão plástica, muito imaginativos, realizados após a leitura do livro "A pior amiga".
As turmas da manhã terminaram a sessão, com muita originalidade, a comer gelatina por eles confeccionada, após exaustivo trabalho de pesquisa sobre a composição da mesma, e de outros produtos. Este trabalho foi decorrente da leitura do livro.
Os alunos da tarde apresentaram um ppt, resultado de um trabalho de pesquisa sobre o autor.

sábado, 4 de junho de 2011

Dia Mundial da Criança - 1 de Junho 2011

O Dia Mundial da Criança correu bem, o tempo esteve óptimo, e foi muito divertido.
Todos os alunos foram até ao Parque da Marialva e aí puderam jogar, pintar a cara, saltar nos insufláveis gentilmente lá colocados pela Junta de Freguesia de Corroios e para terminar tiveram uma oferta de balões.
Os agentes da PSP-Escola Segura, deslocaram-se nas suas bicicletas e conduziram os alunos até ao parque e no regresso à escola, em segurança.
PÁGINA DE ESCRITA

JACQUES PRÉVERT

Dois e dois quatro
quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis…
Repitam! Diz o professor
Dois e dois quatro
quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis.
Mas eis que o pássaro da poesia
passa no céu
a criança vê-o
a criança ouve-o
a criança chama-o:
Salva-me
brinca comigo
pássaro!
Então o pássaro desce
e brinca com a criança
Dois e dois quatro…
Repitam! Diz o professor
e a criança brinca
e o pássaro brinca com ela…
Quatro e quatro oito
oito e oito dezasseis
e dezasseis e dezasseis quanto é que faz?
Dezasseis e dezasseis não faz nada
e sobretudo não faz trinta e dois
e de qualquer maneira
eles vão-se embora.
A criança escondeu o pássaro
na sua carteira
e todas as crianças
ouvem a música
e oito e oito por sua vez também se vão
e quatro e quatro e dois e dois
por sua vez desaparecem
e um e um não fazem nem um nem dois
um e um também se vão dali.
E o pássaro da poesia brinca
e a criança canta
e o professor grita:
deixem de fazer palhaçadas!
Mas todas as outras crianças
escutam a música
e as paredes da sala
desmoronam-se tranquilamente.
E os vidros voltam a ser areia
a tinta volta a ser água
as carteiras voltam a ser árvores
o giz volta ser falésia
e a caneta volta a ser pássaro.


Tradução José Fanha