quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

“Leitura em vai e vem” - PNL

As crianças tornam-se leitoras ao colo dos pais – Emilie Buchwald



Iniciou-se este ano no Jardim de Infância do Alto do Moinho, o Projecto de Promoção de Leitura em Família, “Leitura em vai e vem”inserido no Plano Nacional de Leitura.
Em reunião de pais no início deste mês as educadoras divulgaram o projecto e os materiais concebidos com o objectivo de promover a leitura no Jardim-de-infância em parceria com a BE e o seu prolongamento na família.
Como funciona?
A criança é acompanhada pelo elemento familiar até à BE onde escolherá o livro, que depois de requisitado transportará na mochila para “ler a par” em casa.
Material:
• Mochila (1/ grupo de 5 crianças);
• Marcador de registo dos livros lidos a expor na sala do JI;
• “Ficha de registo de leitura” – a preencher com a família;
• Ficha de requisição do livro da BE.
Novos Livros
A BE tem adquirido novos livros, adequados a esta idade com o objectivo de desenvolver este projecto.



PRIMEROS CONTACTOS COM A LEITURA: LER SEM SABER LER

São inúmeros os autores, que asseguram a importância do papel assumido pela leitura de contos no desenvolvimento da alfabetização emergente das crianças, e mantêm é desejável que esta aproximação aos contos tenha início em idades muito tenras.
Os livros e as histórias contribuem para potenciar o importante processo de pré-leitura no qual se encontram as crianças antes de aprenderem a ler. O adulto e, em especial, os pais, assumem um papel primordial na contribuição da criação, fomentação e consolidação do hábito e gosto pela leitura por parte dos seus filhos.
Não há dúvida que o espaço familiar é um contexto idóneo para incutir valores sociais e hábitos culturais, e oferece possibilidades inigualáveis que contribuem para o processo de criação de leitores. Apresentar a leitura sem obrigações nem exigências, como algo que se desfruta durante o tempo de ócio, algo que, através da palavra, reforça os afectos e convida a partilhar emoções.

Fonte:Dolores González López-Casero
Congresso Casa da Leitura
Fundação Calouste Gulbenkian-2009

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Marcadores de livros


A escola fez 25 anos e a biblioteca também teve como prenda, marcadores de livros feitos pelos alunos no ATL.

A BECRE gostou muito da oferta e agradece colocando aqui um texto sobre marcadores do amigo José Fanha,publicado no seu blog "Queridas bibliotecas".

Os marcadores são a porta que abre o livro e nos pisca o olho. "Entra!" diz o marcador. Outras vezes sussurra-nos: "Vá... Já estás a cair de sono!" e pede-nos para fechar o livro e deixá-lo também a ele, marcador, descansar na sua cama de letras.


Ler inclui um vasto conjunto de práticas que variam de época para época, de local para local, de pessoa para pessoa.

Cada um lê de uma maneira própria…
No meio da sala, num cantinho escondido, numa mesa de café, no autocarro, na biblioteca, na cama.
Mas também…
Junto à lareira no Inverno, no meio da verdura inebriante de um jardim na primavera, no fresco da brisa nocturna no Verão.
Ou ainda…
De pé, sentado, de pernas para o ar, deitado.
Porventura…
De dia, de tarde de noite.
Por vezes…
A tomar chá ou café, a beber uma cerveja, a comer amendoins.
Eventualmente…
Vestido de fato e gravata, de fato de treino, de calções, de pijama.
Alguns…
Com um lápis ruído na mão ou a torcer e retorcer uma ponta de cabelo.

Todos nós temos os nossos rituais de leitura e os nossos auxiliares. De entre os muitos auxiliares de leitura possíveis gosto de nomear o marcador.

Há quem o use apenas para cumprir uma função: marcar a página em que se parou a leitura sem ter que a dobrar ou danificar.

Mas o marcador traz consigo uma mensagem. É colorido ou sombrio. Reproduz uma obra de arte. Traz um desenho. Fala por vezes de outro livro.

O marcador é um amigo, uma espécie de mediador entre nós, o livro que lemos e o próprio acto de leitura. O marcador acaba por falar connosco, acrescentando um “ruído” de fundo aquele maravilhoso acto de ler em solidão.

Adoro marcadores. São amigos que não dispenso neste vício bom que é ler. Como quem escolhe a gravata que fique bem com uma determinada camisa, ou uma camisa que fique bem com um determinado fato, escolho cuidadosamente para cada livro que vou ler, o marcador que “lhe vai bem”.

Tenho a certeza de que o mundo fica mais feliz quando procuramos equilíbrio entre as coisas. Por isso, a escolha de uma coisa tão simples como um marcador pode ser um acto arbitrário uma atitude estética e ética como, no fundo, são todas as escolhas.

José Fanha
29/09/07

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dia de Reis - "Cantar as Janeiras"

A prof. Cristina esteve hoje na BECRE com a sua turma -4ºD-para efectuar uma pesquisa, sobre a tradição portuguesa de no Dia de Reis cantar "As Janeiras".
Foi assim que encontraram "O Natal dos Simples", letra e música de José Afonso.

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

José Afonso

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Biblioteca digital para crianças

Muito se tem dito sobre os hábitos de leitura dos portugueses não serem os ideais, principalmente os dos mais novos que, cada vez mais, se deixam enfeitiçar pela televisão e, acima de tudo, pela Internet. Como ultrapassar estas dificuldades? Juntam-se os livros à Internet. Desta associação nasceu a Biblioteca de Livros Digitais, que disponibiliza livros dirigidos a crianças e jovens para leitura online.

“Está a surgir uma nova forma de leitura”, afirmou Carlos Correia, director do Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas, responsável pelo projecto. “Queremos privilegiar as crianças mais novas, de sete, oito anos, mas sem deixar de lado as outras faixas etárias”.

Apesar da maioria dos livros serem infantis, alguns já são dirigidos para adolescentes. “Eu e a Isabel [Alçada] tivemos um desafio: ajudar as crianças mais novas a usar a informática, nomeadamente o Magalhães, de uma forma que as interesse.”

Na abertura, o site contará com nove livros digitais, alguns deles originais, outros já publicados, e durante o próximo semestre serão colocados mais 35. Os que estarão lá inicialmente serão muito mais do que um texto num computador. Permitirão folheá-los, contam com ilustrações, algumas delas animadas, e terão ainda a opção de serem lidos por actores.

http://e-livros.clube-de-leituras.pt

O livro negro das cores - texto de Menena Cottin, ilustração de Rosana Faría